Tudo parece irreal no mundo inacabado.
Só a enorme tristeza é real. Melancólica. Uma angústia consternada. Autêntica. Insinua-se nua. Não desabita.
Entre dedos um colossal desespero. Secreto e lancinante.
Percorro veredas hostis suspensas de traição. Indistinguível. Ardendo ao frio. Fora do mapa. Não me procures que não me encontras.
Respiro no epicentro do turbilhão. Corto amarras e vagueio sem rumo. Desgovernado. Sucumbo às vagas azedas. Na violenta visão nocturna. Onde não passa ninguém. Nem sequer as crianças orfãs.
O pesadelo revela-se no teatro dos sonhos. Em campo. Sem contracampo. Telecomunicado em água fria. Gelada.
Qual apartação tecnológica!
Assolado por mãos outrora aveludadas. Da mais pura seda. Fina. Separas as ruas e as luzes esmorecem desguarnecidas.
Extinguem-se. Caprichosas. Declinam ao frívolo sabor do teu eu.
Um olhar turvo. Inabalável. Pessoal e intransmissível. Em passo sereno e incauto. Patológico. Onde a sensatez e o afecto não se falam.
Um epílogo de rosto longínquo. Sombrio. A anatomia de um logro. A elisão do ectoplasma. O desejo morto à nascença.
Sou árvore. Como tal considero as outras árvores.
Impugnado sou forçado a rasgar-te a máscara:
um ser dentro de outro ser.
Não te conheço.
A extrema violência veta a liberdade de expressão
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