É chegado finalmente o tempo. As noites nuas são imensas. Sonhos deambulam no fundo. Invento o que apreendi. A verdade em carne viva. Aconchego-me à presença humana. Sob a cúpula estelar. Possuo as estrelas. Reinvento o fogo. Pressentimento denso e ardente. Real é o campo de flores. Deslumbrado ao colo da mãe. Ardendo em impetuoso idioma. Balança a frágil hostilidade. Ruína que estremece e não reage. Não deixes que te conheça. O calor lépido da vida. O ânimo íngreme de um beijo. A água turva já não replica. Senda sufocada pela ausência. O peso nebuloso das fronteiras. Do riso exíguo que nos imita. A vida suspensa que me espera. Perco-me da realidade. Um espaço oco dentro de mim. Era uma vez uma fábula. A natureza do escorpião.
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