Fim de tarde com memória. Uma quinta-feira como qualquer outra. A voz teleguiada vinga-se na felicidade factível. Instila interstícios. Turbulentas fluem as palavras. Quebradas e derradeiras. Vindas de longe. Do nada. Do que não se cumpriu. Pelo atalho mais fácil. Com sombra vegetal. A máscara da banalidade.
A minha fuga ansiosa aos laços vedados. O mundo pára retráctil. Indecifrável e diáfano. O limbo da pele olvido em letargia austera. Sem coordenadas. O amor com limites. O sol eximido. Nada mais é.
Venero o espanto e cumpro. O vento varre dentro dos livros. Frágil e transparente. O meu rosto sem peso.
Cerro os olhos malferido pelo olhar furtivo. E olhas com falsa piedade as cinzas que não consigo estender.
Nada restou do fogo primordial.
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