Friday, April 16, 2021

MAS A SERENIDADE NUNCA CHEGOU

 



Rasgo o passepartout. Evado-me da moldura.

Abro a janela. Olho o céu. Hostil ao dia.

Atravesso o muro. Que se torna nocturno. 

Para lá da noite. E dos encontros imprevistos.


O prestígio do luar. A demanda infinita.


Acordaste a metáfora já sem nome. 

O amor e o mar aconchegavam-se.

Colava-me à luz. Encostavas-te ao silêncio.

E as árvores e os riachos riam-se. 

Connosco.

Aqui mesmo. Ao longe...

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