aspiração insidiosa
ilusão ofertada pela indiferença
volúpia em progresso subtilmente tardio
dias partilhados
noites que nunca chegam
inépcia em me fundir com os astros
ascese essencial à contemplação da lucidez
fragilidade mascarada
sem sentido
sou o derradeiro habitante da paisagem
erma e desprotegida
ruínas devolutas onde as mãos envelhecem
ao relento
herdo o torpor indolente comum às almas inomináveis
assim arrefece distraído o enlevo
parco e estoico
que raramente nos visita
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