Tuesday, October 30, 2012
ATÉ SEMPRE
A volúpia dos sentidos
suspensa
e ao abandono adiada
Noite com lua
dádiva do mar
Clamor do universo
estrelado
Uma ideia de ilha
aves
céu
E tu...
A verdade das pedras
axioma inseparável
O perfume da maresia
récita alegórica matinal
Efígie de fim de estação
e a bruma ao acaso
sem alento
O mistério das emoções
oásis imaginado
com ternura
Enigma interrompido
sem sol
à chuva
ao frio
no escuro
O pranto metafórico do caos
chega de mansinho
na incerteza de todas as manhãs
Um silêncio maior do que a solidão
Esse teu modo de ser
pouco a pouco
luz e som
(pausa)
Levo-te comigo
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